A União da Juventude Comunista (UJC) apoia, e sua militância
participa de forma ativa, da greve nacional dos docentes das IFES deflagrada
pelo ANDES-SN. Apoiamos a pauta de reestruturação da carreira e melhores
condições de trabalho e repudiamos a intransigência do governo, que se recusa a
negociar de maneira efetiva o projeto de carreira apresentado pelo Andes há
mais de um ano.
Também se mobilizam estudantes e técnico-administrativos, em
apoio aos professores, sem perder de vista as suas pautas específicas. Isso
ocorre como resultado das péssimas condições de trabalho e estudo, fruto da
expansão universitária recentemente implementada (REUNI) e dos sucessivos
cortes orçamentários na Educação realizados pelo governo Dilma.
Vemos a intensificação do trabalho docente, a precariedade
das instalações universitária, salas de aula superlotadas, falta de
laboratórios e de equipamentos, falta de programas efetivos de Assistência
Estudantil e o aumento da lógica privada no interior das universidades.
Esses são os resultados do desenvolvimento capitalista em
geral e da clara opção dos últimos governos por criar uma economia de mercado
capitalista e monopolista integrada internacionalmente. O que resulta em um
conjunto de medidas que visam transformar a universidade de acordo com as
demandas do mercado.
Por isso, para os burocratas do governo serviçais do
capital, a universidade deve ser pensada como empresa que forma a força de
trabalho, presta serviços e disputa o mercado. Para tanto, deve ser eficaz na
administração dos recursos escassos de que dispõe, buscando complementá-los com
parcerias público-privadas, projetos, cursos pagos, financiamentos alternativos
e venda de serviços.
A pauta de reivindicações docente supera o terreno meramente
salarial, pois coloca a disputa política em torno da defesa radical do caráter
público da universidade.
Para a União da Juventude Comunista a greve é um marco por
uma nova correlação de forças na universidade brasileira. Defendemos a unidade
de todos os setores em luta dentro e
fora da universidade, para resistirmos ao processo de mercantilização da
educação pública e avançarmos na construção da Universidade Popular, com acesso
universal e que expresse as necessidades da classe trabalhadora brasileira. A
militância da UJC não medirá esforços nesse sentido.
Temos a certeza que na atual conjuntura a defesa radical do
caráter público, gratuito, democrático, laico e de qualidade da universidade é
extremamente necessário, embora insuficiente, para a produção e socialização do
conhecimento contra e para além da ordem do capital. Por isso, a luta por uma
Universidade Popular se torna um projeto elementar para a resolução dos
problemas educacionais sob a perspectiva dos trabalhadores.
Todo apoio à Greve Nacional dos Professores do Ensino
Público Federal!
Todo apoio às greves estudantis e dos técnicos
administrativos nas universidades!
Em defesa da Universidade Pública!
Por uma Universidade Popular!
Em defesa da Carreira Docente apresentada pelo ANDES-SN!
Por melhores condições de trabalho e estudo!
Maio de 2012,
Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista
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